Ruanda e RD Congo acordam cessar hostilidades a partir da próxima semana

Ruanda e RD Congo acordam cessar hostilidades a partir da próxima semana

Uma reunião mediada por Angola, em Luanda, entre os ministros dos Negócios Estrangeiros da República Democrática do Congo (RDC) e o Ruanda culminou com a decisão de cessação de hostilidades militares, a partir da próxima semana, 04 de Agosto.

Angola, representada pelo seu Presidente, João Lourenço, foi destacada pela União Africana para mediar o conflito armado entre os dois países, que levou o Ruanda, através do apoio ao grupo rebelde Movimento 23 (M23), a invadir o leste da RDC, desde finais de 2021.

“A segunda reunião ministerial entre a República Democrática do Congo e a República do Ruanda, realizada hoje em Luanda, sob a mediação da República de Angola, acordou o estabelecimento de um cessar-fogo que entrará em vigor a partir da meia-noite de 4 de agosto de 2024”, informou a Presidência angolana.

O acordo surge no momento em que uma trégua humanitária entre os rebeldes do M23 e as forças governamentais expirava às 23h59 de 3 de Agosto.

Não se sabe se o cessar-fogo irá prolongar a trégua ou se teria um âmbito mais alargado.

Os rebeldes do M23, apoiados pelo Ruanda, lançaram uma ofensiva na província de Kivu do Norte, no leste da RDC, rica em minérios, no final de 2021 e, desde então, apoderaram-se de grandes extensões de território.

O conflito já matou dezenas de pessoas e deslocou centenas de milhares de outras.

No final de 2021, o movimento rebelde M23 e as tropas do exército ruandês avançaram na província do Kivu do Norte, onde derrotaram o exército congolês e os seus aliados, tendo inclusivamente criado um governo paralelo nas zonas que controlam.

Até ao final do ano passado, as autoridades ruandesas negaram publicamente ter colocado o seu exército ao lado dos rebeldes do M23, mas desde o início deste ano que Kigali não tem desmentido a informação.

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