Os postos de recenseamento eleitoral na comunidade de Mavodze, no distrito de Massingir, em Gaza, sul do País, ainda não foram instalados devido a um “braço de ferro” entre a população e as autoridades locais. Os residentes recusam-se a recensear e bloquearam a instalação de uma brigada, revela uma publicação do Centro de Integridade Pública (CIP).

A população de Mavodze, um bastião de caçadores furtivos, localizado na zona do Parque Nacional do Limpopo e nos arredores de reservas privadas, acusa o Governo de nunca resolver o problema do conflito homem-animal naquela região.

“As comunidades de Mavodze queixam-se de invasões constantes de elefantes às aldeias. Os paquidermes acabam, em certas ocasiões, por matar pessoas, perante a inacção do Governo”, refere o CIP.

Estes residentes, igualmente, afirmam que muitas vezes as suas culturas de rendimento são devastadas por elefantes nos seus campos agrícolas, o que os deixa expostas à fome. “O Governo mantém-se passivo”, lamenta a comunidade, acusando o Governo de proteger mais animais do que às comunidades.

Por isso, recusam a instalação de um posto e aconselham o Governo a recensear paquidermes, porque eles não se irão recensear.