Mais de 46 milhões de dólares estão disponíveis para a construção de 15 mil casas para famílias vulneráveis, maioritariamente nas cidades da Beira e Dondo e em Nhamatanda e Búzi, no âmbito da reconstrução pós-ciclone Idai, que em Março de 2019 destruiu infra-estruturas públicas, privadas e habilitações.

Deste valor inclui-se a componente da assistência técnica da UN-Habitant, como provedor de serviços, e custos das operações da Organização Internacional das Migrações (OIM) na Beira e de organizações não-governamentais noutros locais.

O montante foi disponibilizado pelos parceiros, com destaque para o Banco Mundial e o Banco Africano de Desenvolvimento, tendo já permitido a construção das primeiras 300 habitações que obedeceram ao padrão de resiliência contra eventos extremos.

Citado pelo jornal Notícias, o Director-executivo do Gabinete de Reconstrução Pós-Ciclone (GREPOC), Luís Mandlate, reconheceu durante uma visita de monitoria do Banco Mundial aos projectos em curso na Beira, a lentidão do processo que, entretanto, argumentou se deve às exigências burocráticas dos parceiros, como consultoria, contratação de artesãos e avaliação do impacto ambiental.

“Das 25 infra-estruturas públicas em obras nas províncias de Sofala e Cabo Delgado, avaliadas em 16 milhões de dólares, ficamos a saber que o empreendimento mais avançado é o edifício das Obras Públicas, Habitação e Recursos Hídricos, na cidade da Beira, cujo nível de progressão física se situa em 95% e menos avançado encontra-se em 70%”, explicou o responsável.

Com efeito, os primeiros edifícios do Estado que foram destruídos pelo ciclone Idai voltam a entrar em funcionamento ainda no decurso deste mês, segundo garantias avançadas pelo Gabinete de Reconstrução Pós-Ciclone.

Entretanto, sobre o projecto de protecção costeira da cidade da Beira, Luís Mandlate avançou que, neste momento, decorre a fase de selecção do respectivo empreiteiro resultante do lançamento do concurso público internacional.