O deputado da Assembleia da República, Eduardo Namburete, membro Sénior do partido Renamo, foi nomeado recentemente pelo Presidente da República, Filipe Nyusi, ao cargo de embaixador na Argélia.
Entretanto, enquanto alguns analistas políticos consideram o acto normal, outros acreditam que este acto pode ser uma “tentativa da Frelimo de capturar algumas vozes mais intelectuais e mais independentes do maior partido da oposição em Moçambique’’.
Esta posição é defendida pelo analista político João Feijó, que em entrevista a Voa enquadrou a nomeação na estratégia da Frelimo para a captura política das figuras mais independentes e retirar ao adversário aquelas vozes que davam credibilidade ao partido junto das populações e da comunidade internacional’’.
Já o analista político Dias da Cunha, entende que ‘’a nomeação do Eduardo Namburete, é uma das dinâmicas normais da política, pelo que não vejo qualquer problema nisso. Se o Presidente Filipe Nyusi não fizesse isso, seria acusado de não ser inclusivo na sua governação, pelo que cabe à Renamo ir buscar outros quadros, incluindo na Frelimo’’, disse à Voa.
Por seu turno, o também analista político, Fernando Lima, considera esta nomeação uma decisão sábia, que vai ao encontro do princípio evocado por Filipe Nyusi na sua primeira tomada de posse, em 2015, de que cabem todos no seu coração.
Lima diz que “infelizmente, esse princípio foi poucas vezes usado, e todas as decisões, na maioria esmagadora dos casos foram formatadas por decisões de carácter estritamente partidário’’.
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