COP28: Moçambique submete-se à avaliação da estratégia de redução de riscos de desastres

COP28: Moçambique submete-se à avaliação da estratégia de redução de riscos de desastres

Um total de 23 países, incluindo Moçambique, querem participar, de forma voluntária, no processo de avaliação intercalar da implementação do Quadro do Sendai sobre a redução dos riscos de desastres naturais.

Do lado moçambicano, a iniciativa, que conta com apoio do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), foi apresentada neste sábado, no segundo dia da COP28, pelo Presidente da República, Filipe Nyusi, durante uma intervenção no Pavilhão de Moçambique.

“Esperamos que as recomendações a serem sugeridas no relatório de Moçambique assim como no relatório global sobre a revisão intercalar da implementação do Quadro Sendai para redução dos riscos de desastres 2015 a 2030, sejam tomadas em conta durante as diferentes análises e negociações da COP28”, explicou Nyusi, citado pela Revista Terra.

Na mesma ocasião, o chefe de Estado moçambicano, Filipe Jacinto Nyusi, fez referência ao desafio imposto pela Cúpula Mundial do Clima no que diz respeito à transição energética dos países e mostrou que, apesar de sofrer as consequências das mudanças climáticas, o país tem a sua atenção para as energias renováveis.

Recordou aos presentes que mais de 75% da energia consumida no país é hídrica, o que significa que é limpa e renovável, sendo quase um terço proveniente de centrais térmicas. Na sua óptica, este facto comprova que as emissões de carbono por combustíveis fósseis são insignificantes e sem impacto nos padrões de alteração climática.

Dada a sua posição geo-estratégica, o que a torna de capital relevância a nível regional, apontou que Moçambique é um grande exportador de energia limpa na África Austral, o que vai contribuir para a descarbonização regional. “No que concerne à energia hidroeléctrica destaca-se o rio Zambeze com um potencial de 18 gigawatts, constituindo um recurso potencial económico imensurável para o desenvolvimento de baixo carbono a nível nacional e regional”, destacou.

Mais adiante, fez menção aos projectos de Panda Nkuwa com 1500 megawatts, Panda Nkuwa norte com 900, Cahora-bassa norte com 1245, Lupatha com 600, Boroma com 200 e Chemba com 600 megawats, os quais também têm papel relevante no fornecimento de energia limpa.

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