O vice-presidente da Comissão Nacional de Eleições (CNE), Fernando Mazanga, do partido Renamo, acusou o órgão de ter rasurado os documentos originais. Ainda assim, o porta-voz da CNE nega as acusações.
“Há actas e editais falsos que estão a ser enviados ao Conselho Constitucional, denuncia Fernando Mazanga, e teme que o material que está a ser enviado pela CNE não seja comparado com outros documentos.
“É que as atas originais que o Conselho Constitucional está a solicitar devem ser convergentes com as cópias que eventualmente devem ser solicitadas aos partidos políticos”, afirmou o responsável, citado pela DW, esta quarta-feira, durante uma conferência de imprensa.
Mazanga acusa ainda a CNE de rasurar os editais e atas originais. “E estas rasuras prejudicam o próprio processo”, comenta.
“O que deveria ser feito pelo Conselho Constitucional é continuar a exigir atas e editais originais. Isto é uma grande preocupação para nós, porque vai consumir o Conselho Constitucional, que já está envenenado”, acrescentou.
Contudo, o porta-voz da CNE, Paulo Cuinica, nega as acusações de Fernando Mazanga, salientando, por outro lado, que caberá ao Conselho Constitucional verificar a autenticidade dos documentos.
“Nós acreditamos que o Conselho Constitucional vai cruzar com outras fontes e não [consultará] apenas os documentos que foram entregues pela CNE”, disse Cuinica em declarações aos jornalistas.
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