O Consórcio Mais Integridade, composto por sete organizações da sociedade civil moçambicanas, disse ontem, no final do dia, pouco antes do fecho das urnas, que a votação nas eleições autárquicas estava a decorrer em geral com normalidade, apesar de atrasos na abertura de algumas mesas.
“No geral, a votação decorreu normalmente, salvo lentidão em alguns municípios, como a Beira, na província de Sofala, situação que está a provocar agitação dos eleitores”, referiu o consórcio numa nota de avaliação do processo, citada pela Lusa.
Estas sextas eleições autárquicas contaram com mais de 20.311 observadores nacionais e pelo menos 80 internacionais, das missões diplomáticas acreditadas em Moçambique, além de mais de 866 jornalistas e 364 delegados de candidatura, de acordo com dados oficiais.
Segundo o consórcio Mais Integridade, que observou pelo menos 30 municípios, dos 65 existentes, as mesas de voto registaram uma “boa afluência nas primeiras horas”, apesar de terem sido também registados “atrasos significativos” na abertura de alguns postos de votação.
Atraso na chegada do material, desordem na fila e falta de material estão entre algumas razões apontadas pelo consórcio para a demora na abertura de algumas mesas de voto.
“Apesar de o processo de abertura poder ser considerado calmo, no município de Nacala-Porto, em Nampula, registaram-se casos de vandalismo, com jovens a arremessarem pedras contra eleitores na fila”, acrescentou o consórcio, referindo que foi necessária a intervenção da polícia.
Na nota, os observadores eleitorais queixaram-se ainda de terem sido impedidos de assistir o processo de abertura das mesas de voto em Insaca, na província do Niassa, e Nacala-Porto, em Nampula, ambas no norte de Moçambique.
Concorrem às eleições autárquicas mais de 11.500 candidatos de 11 partidos políticos, três coligações de partidos e oito grupos de cidadãos, tendo a CNE determinado 1.486 Locais de Constituição e Funcionamento das Assembleias de Voto e 6.875 mesas de Assembleia de Voto.
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