O Movimento Democrático de Moçambique (MDM), anunciou ontem, na cidade da Beira, a detenção de sete membros do partido pela Polícia, acusados de terem violado a lei eleitoral.
“Temos a anunciar a prisão dos nossos membros do partido, nos distritos de Chiure, em Cabo Delegado, e no distrito da Beira, em Sofala”, disse Lutero Simango, presidente do partido citado pela agência Lusa.
O responsável, que falava a jornalistas na Beira, avançou que estão detidos naquela cidade dois membros seniores do seu partido, sendo os delegados políticos da província de Sofala e da cidade da Beira, por motivos ainda não claros e cinco outros no distrito de Chiure em Cabo Delegado, alegadamente “por terem colado material de campanha horas antes do início da campanha eleitoral”.
“Nós condenamos o jeito em que a polícia está a agir, estamos perante uma polícia não republicana, mas sim partidária, que age sob comando do partido no poder, a Frelimo. Lamentamos, mas não vamos recuar, não nos vão parar” afirmou Lutero Simango, acrescentando que a prisão dos seus quadros superiores tem como objectivo “fragilizar e desestabilizar o MDM”.
No início da campanha eleitoral, o presidente da Comissão Nacional de Eleições, Dom Carlos Simão Matsinhe, exortou a Polícia para que opte pelos princípios de imparcialidade e igualdade de tratamento e oportunidade entre os diversos actores.
“A Polícia da República de Moçambique, tem um papel preponderante na sociedade e, em particular no decurso do processo eleitoral, pois contribui de forma directa na criação de um ambiente tranquilo, pacífico e ordeiro, devendo, na sua actuação”, referiu.
A campanha eleitoral teve o seu arranque às 00:00 de terça-feira, e estão envolvidos mais de 11.500 candidatos de 11 partidos políticos, três coligações de partidos e oito grupos de cidadãos.
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