As autoridades moçambicanas, através da Administração Nacional das Áreas de Conservação (ANAC), estão a investigar a existência de redes de contrabando de carvão vegetal para os países vizinhos.
Segundo o director dos Serviços de Protecção e Fiscalização, na ANAC, decorre o mapeamento de zonas suspeitas de ocorrência da exploração ilegal do carvão vegetal.
“Há fortes suspeitas da exploração descontrolada de florestas para a obtenção daquele o carvão vegetal”, revelou Jorge Fernando.
Recentemente, a Agência Nacional para o Controlo da Qualidade Ambiental (AQUA), apreendeu um camião com quantidades não especificadas de carvão vegetal no posto de travessia de Cuchamano, província de Tete.
De acordo com a AQUA, o produto, que lesaria ao Estado mais de dois milhões de meticais, tinha como destino a vizinha República do Zimbabwe.
Entretanto, um estudo do Observatório do Meio Rural (OMR), publicado em 2022, indica que cerca de 70 a 80% da população urbana em Moçambique utiliza o carvão como fonte primária de energia.
O mesmo documento sublinha o consumo de carvão vegetal tende a crescer devido ao aumento da densidade populacional, principalmente em torno das grandes cidades moçambicanas.
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