O Centro para a Democracia e Desenvolvimento (CDD), uma organização moçambicana criticou hoje as autoridades por ainda não terem divulgado os “esclarecimentos” que o Presidente da República prometeu sobre a “repressão violenta” das marchas de homenagem ao ‘rapper’ Azagaia”.
Segundo o CDD, o Ministério do Interior, entidade ficou com a missão de apurar as circunstâncias da “actuação brutal da polícia”, no entanto, este ainda não se pronunciou sobre o assunto.
“Trinta dias depois da promessa de Filipe Nyusi, ainda não há esclarecimento sobre a repressão violenta da marcha do dia 18 de Março”, referiu o CDD, em comunicado, sublinhando que “o silêncio em torno do assunto segue um padrão das autoridades moçambicanas, caracterizado por um histórico de incumprimento de promessas por parte do Governo”.
A organização não-governamental (ONG), recordou que cinco dias depois dos acontecimentos de 18 de Março, o Presidente da República reagiu às ocorrências, através de um discurso em que condenava a violência policial e criticava pessoas a quem chamou de “infiltrados” e “gente mal-intencionada” entre os manifestantes.
“Face aos acontecimentos na capital do país, Maputo, orientamos o Ministério do Interior para que proceda com uma averiguação das razões que levaram a polícia a adoptar uma postura de confronto físico com os jovens. Igualmente, identificar aqueles que procuram se aproveitar da virtude individual do jovem ‘rapper’ Azagaia para atingir os seus intentos”, afirmou, na altura, o chefe de Estado moçambicano.
O CDD assinalou que as forças policiais violaram direitos fundamentais e a Constituição da República, ao agredirem marchantes pacíficos, em várias cidades do país.
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