Segundo a Confederação das Associações Econômicas de Moçambique (CTA) o índice de robustez empresarial estagnou-se no IV Trimestre, ou seja, fixou-se em 29%, o mesmo observado no III Trimestre.

A CTA diz que esteve por detrás desta tendência o impacto da deterioração em 3 pontos percentuais do índice do ambiente macroeconómico, de 50% para 47%, entre o III e o IV trimestres, factores que se refletiram no aumento de custos de produção e nos encargos empresariais com o sector financeiro.

De acordo com o estudo da CTA apresentado na manhã de hoje, a competitividade industrial foi impulsionada pela propensão marginal de consumo de bens locais que resulta dos investimentos privados realizados na indústria transformadora, com destaque para a alimentar.

Por seu turno, o índice de emprego continuou a denotar as fragilidades do mercado de trabalho, situando-se em 108,55%, com maior preferência para empregos temporários e em tempo parcial.

Esta situação foi reconhecida no recente relatório do Banco Mundial, que mostra que, enquanto o país regista cerca de meio milhão de pessoas a entrar na força do trabalho, do lado da oferta, há apenas 25 mil vagas.

“É, porém, nossa expectativa que a dinâmica registada na revisão da Lei do Trabalho irá influenciar positivamente a criação de mais oportunidades de emprego, com a previsível aprovação deste instrumento pela Assembleia da República”, disse o presidente da CTA no durante a apresentação do relatório.