O mau tempo que atinge desde Outubro a província de Nampula, norte do país, destruiu mais de mil casas e afectou perto de seis mil pessoas, informou ontem o Instituto Nacional de Gestão e Redução do Risco de Desastres (INGD).
“Estamos a falar de cerca de 1.192 casas, a maior parte de construção precária, que ficaram destruídas, e um universo de 5.792 pessoas afectadas”, disse ontem à comunicação social Alberto Armando, delegado do INGD em Nampula.
As atenções das autoridades em Nampula estão nos distritos de Memba, Mecuburi, Angoche, Malema, Moma, Monapo e Rapale, apontados como estando na lista das regiões de risco face ao mau tempo naquela província do norte do país.
“Por exemplo, no sector da educação, estamos a falar de perto de 43 salas de aulas afectadas. No sector de saúde, estamos a falar de pelo menos três unidades de saúde afectadas nas regiões”, acrescentou Alberto Armando, citado pela Lusa, observando que as autoridades não têm registo de óbitos devido ao mau tempo.
Moçambique é considerado um dos países mais severamente afectados pelas alterações climáticas no mundo, enfrentando ciclicamente cheias e ciclones tropicais durante a época chuvosa, que decorre entre Outubro e Abril.
Em Novembro deste ano, o Instituto Nacional de Gestão e Redução do Risco de Desastres (INGD) anunciou que precisava de 7,4 mil milhões de meticais para a época das chuvas 2022/2023, período em que se prevê que pelo menos 2,2 milhões de pessoas sejam afectadas.
O período chuvoso de 2018/2019 foi dos mais severos de que há memória em Moçambique: 714 pessoas morreram, incluindo 648 vítimas do Idai e Kenneth, dois dos maiores ciclones de sempre a atingir o país.
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