Presidente sul-africano escondia USD 4 milhões no sofá. Oposição exige renúncia ao cargo

Presidente sul-africano escondia USD 4 milhões no sofá. Oposição exige renúncia ao cargo

O Presidente da África do Sul, Cyril Ramaphosa, poderá renunciar ao cargo nas próximas horas por ter violado as leis sul-africanas de anticorrupção no trafico de moeda estrangeira. Ramaphosa escondia cerca de quatro milhões de dólares nos estofos de sofá numa propriedade sua em Phala Phala.

A denuncia foi feita pelo antigo chefe dos serviços secretos sul-africanos, Arthur Frase, em 2020.  Cyril Ramaphosa é acusado de lavagem de dinheiro e violação de leis de controlo de moeda estrangeira.

No seu relatório, divulgado na quarta-feira (30.11), a comissão parlamentar levantou questões sobre a origem do dinheiro e porque foi escondido das autoridades financeiras, apontando ainda um potencial conflito entre os negócios do Presidente e os interesses do Estado.

Ramaphosa negou qualquer conduta desviante, insistindo que o dinheiro tinha origem na venda de animais da sua quinta, mas os partidos da oposição e opositores internos de Ramaphosa no partido Congresso Nacional Africano (ANC) pediram a sua demissão.

O partido reuniu-se esta quinta-feira para decidir o futuro de Ramaphosa. Espera que a comunicação da decisão ocorra nas próximas horas. O Presidente da África do Sul tenciona recandidatar-se ao cargo de liderança do partido, em breve, e do país, em 2024.

Os deputados devem debater o relatório da comissão parlamentar na terça-feira (06.12), e votar as eventuais medidas a tomar, incluindo se o processo de impugnação ao Presidente deve avançar. Os deputados do ANC estão em maioria no parlamento e podem rejeitar tentativas de fazer cair o seu líder. “O Presidente está a analisar o relatório e uma comunicação será feita em breve”, disse o gabinete de Ramaphosa, citado pela AP. ()

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