O ministro de Economia e Finanças, Max Tondela, anunciou esta quinta-feira, que já está concluída a proposta de lei que cria o Fundo Soberano, uma das alternativas modernas para uma gestão adequada e transparente das receitas da extracção de recursos naturais.
O anúncio foi feito pouco depois do término de uma audiência parlamentar sobre três propostas de lei a serem apreciadas pela Assembleia da República (AR).
“A proposta do Fundo Soberano já está toda ela concluída (…) e está a ser ‘autopsiada’ pelo Conselho Económico de Moçambique”, disse, citado pela Agência de Informação de Moçambique (AIM).
A Bloomberg havia noticiado há uma semana, citando o Ministério das Finanças, que o projeto-lei do fundo soberano para gerir as receitas futuras do gás natural vai ser submetido ao Parlamento no final deste ano.
O Estado moçambicano vai canalizar 40% das receitas totais de petróleo e de gás para este fundo nos primeiros 15 anos, para depois começar a alocar 50% das receitas, revelou a Bloomberg, que teve acesso ao projeto-lei.
Numa versão anterior deste fundo, de 2020, o objectivo era dividir as receitas em partes iguais pelo Governo moçambicano e pelo fundo nos primeiros 20 anos em funcionamento. Depois, esta fatia iria subir para os 80%.
O Banco Central vai gerir o fundo através de uma unidade autónoma e pode contratar gestores externos, sendo que ganhará uma comissão de gestão que não pode exceder os 0,1% do capital do fundo e que deverá ser aprovada pelo ministro das Finanças.
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