A formação de uma coligação política parece ser a saída encontrada entre os dois maiores partidos da oposição em Moçambique, a Resistência Nacional Moçambicana (Renamo) e o Movimento Democrático de Moçambique (MDM) para derrubar o partido no poder, Frente de Libertação de Moçambique (Frelimo).
A ideia do presidente da Renamo, Ossufo Momade, e do MDM, Lutero Simango, é conseguir arrecadar o maior número de votos durante as eleições autárquicas e presidenciais de 2023 e 2024 respectivamente.
Os líderes partidários, citados pela DW, avançam que a decisão sobre a formação da aliança política será decidida pelos órgãos de cada partido, e essa união não se limitaria a esses dois partidos.
Ossufo Momade disse que já está a decorrer uma auscultação da população para se saber qual caminho seguir. “nós estamos a fazer este acompanhamento. Aceito aquilo que sai dos órgãos do partido, porque não sou ditador”.
Simango também remeteu a decisão para “o capital [humano] do partido”, mas disse que o MDM “está preparado para governar Moçambique, assim como os municípios”.
O analista político, Ismael Mussá, ouvido pela STV considera que Moçambique ainda não tem um candidato forte para lidar com a Frelimo, mesmo que se crie uma coligação. No seu entender, devido a questões ideológicas de cada partido, o melhor é “experimentar as coligações a nível das autarquias” para ver como será a sua gestão e só depois dar um passo maior.
“Mas, a haver uma coligação, naturalmente, que não seria «Renamo-MDM», seria «Renamo União Eleitoral», porque a Renamo tem uma relativa vantagem neste momento”, disse, considerando, ainda assim, que “seria muito mais saudável se houvesse um tratamento em pé igualdade”. Para derrubar o partido no poder isto “depende muito dos estrategas que fizerem [a coligação]”.
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