Terroristas atacaram na noite da passada sexta-feira, 2, a aldeia Kútua, no distrito de Eráti, no que é visto por alguns analistas, como uma nova frente que os jihadistas estão a tentar abrir na província de Nampula, que faz limite com Cabo Delgado.
A televisão pública, TVM, mostrou este domingo, 4, imagens de habitações, escolas, unidades sanitárias e outras infraestruturas destruídas durante o ataque, o primeiro àquele distrito.
Para o analista Fernando Lima, este ataque pode significar que os terroristas pretendem abrir uma nova frente, “porque são conhecidas células adormecidas de jihadistas em Nampula, e também são conhecidos alguns distritos desta província que são uma grande base de recrutamento para o jihadismo, nomeadamente, Memba, Angoche e Nacala”.
Em Kútua, os atacantes não fizeram vítimas, o que para Fernando Lima pode corresponder ao facto de se tratar de uma zona onde existem células adormecidas, ” e por via disso, seria contraproducente fazerem aí vítimas nos seus próprios locais onde têm eventual apoio popular”.
Por seu turno, o analista Lucas Ubisse considera que o ataque a Kútua, se enquadra nos esforços dos terroristas para expandir as suas acções a outras províncias moçambicanas.
“Claramente, esta é uma nova frente que os terroristas estão a abrir”, realçou aquele analista à VOA.
Contudo, para o analista Moisés Mabunda, ainda não se pode assumir que se trata de um ataque jihadista a Eráti. Mabunda afirmou que o administrador distrital disse tratar-se de um ataque perpetrado por oportunistas.
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