Aumento de preço do petróleo pode reduzir PIB da zona euro em 1,5%

Aumento de preço do petróleo pode reduzir PIB da zona euro em 1,5%

De acordo com o estudo da economista norueguesa Hilde C. Bjørnland,  os países europeus estão entre os que são negativamente mais afetados a nível global, devido à dependência do petróleo e do gás na produção e no consumo.

O estudo que é citado pelo Noticias ao Minuto, foi apresentado pela autora durante a manhã do primeiro dia do fórum anual do Banco Central Europeu, (BCE) que se realiza até quarta-feira, em Sintra.

A economista calcula que, em média, um aumento de 10% nos preços do petróleo devido a tensões geopolíticas ou restrições de oferta podem reduzir o PIB da zona euro em 0,5% após dois anos.

Assim, um aumento de 30% nos preços do petróleo pode reduzir o PIB na zona euro em 1,5%, sendo o impacto maior quando a volatilidade do preço do petróleo é alta.

Segundo o estudo, as expectativas de inflação e a repercussão associada dos choques do preço do petróleo dependem das condições da procura e oferta no mercado global de petróleo, sendo a contribuição dos choques do preço do petróleo “substancial” quando a volatilidade do preço do petróleo é alta.

Hilde C. Bjørnland destaca que os resultados sugerem que a alta volatilidade do preço do petróleo pode exacerbar o efeito de choques do preço do petróleo sobre a inflação.

“Embora os impactos dos choques do preço do petróleo sobre a inflação sejam menores quando os decisores políticos respondem fortemente, ainda existe uma parte da inflação a ser explicada pelos choques do preço do petróleo. Isso sugere que, durante períodos de alta volatilidade do preço do petróleo, estabilizar a inflação é difícil, embora importante”, justifica.

A economista sublinha ainda que o recente aumento do preço da energia deve-se a uma combinação de aumento da procura de petróleo e interrupções no abastecimento, pelo que acredita que a persistência dos choques, com o aumento de outros preços das ‘commodities’, em particular os preços dos alimentos, já aumentou as expectativas de inflação e “tem potencial para ter efeitos duradouros sobre os preços”.

Fonte: Lusa

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