Agora a varíola dos macacos está mais perto de Moçambique. É que A África do Sul, país vizinhos de Moçambique, indicou nesta quinta-feira (23) ter registado um primeiro caso da varíola dos macacos. A doença já “reina” em cerca de 40 países, segundo a Organização Mundial da Saúde. (OMS).
De acordo com o ministro sul-africano da saúde, Joe Phaahla, o paciente é um homem de 30 anos de Joanesburgo sem antecedentes de viagem. Isso significa que a contaminação não ocorreu fora do país, escreve a Radio Francesa Internacional.
As autoridades sanitárias também estão tentando encontrar as pessoas com quem o doente teve contato. Nenhuma informação foi divulgada sobre o estado de saúde do infectado ou sobre os sintomas que desenvolveu, mas sabe-se que os sintomas da doença são geralmente febre, inchaço dos gânglios linfáticos e erupções cutâneas. O vírus é eliminado pelo organismo entre duas e três semanas após o contágio.
Após uma onda inicial em 10 países africanos, 84% dos novos casos foram registados este ano na Europa e 12% no continente americano. Quase 2.100 infecções foram detetadas desde o início de 2022 no mundo.
Na semana passada, a OMS declarou que o epicentro da varíola dos macacos é a Europa, mas outros países vêm contabilizando contaminações desde Maio. Nesta quinta-feira, a organização deve decidir se a epidemia será declarada como uma urgência em matéria de saúde pública internacional e se fará recomendações para a vacinação. As eventuais decisões serão anunciadas na sexta-feira (24).
O aval final ficará a cargo do diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus. Se for declarado estado de emergência sanitária, o comitê deverá fazer recomendações para “prevenir e reduzir a propagação da doença”, indicou a organização.
Segundo a OMS, o número de casos pelo mundo deve ser muito maior do que o registado oficialmente. Especialistas consideram que o vírus já estava circulando antes que as contaminações começassem a deixar a comunidade médica em alerta.
A OMS discute também uma possível mudança de nome da doença, considerado estigmatizante por alguns países. Muitos cientistas defendem que apenas o nome da nova cepa do vírus que circula, hMPXV, deveria ser utilizado.
No início do mês, mais de 30 especialistas, a maioria deles africanos, publicaram uma carta aberta na qual exigem a mudança de nomenclatura para que “não seja discriminatória”.
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