Uma semana depois da ministra da Educação e do Desenvolvimento Humano, Carmelita Namashulua, ter retirado da circulação o livro de Ciências Sociais, da sexta classe, por erros considerados graves e de ter demitido dois responsáveis, muitas vozes se levantam para exigir que ela coloque seu lugar à disposição do Presidente da República.
“A ministra devia demitir-se, porque estes erros constituem um grande dano à sociedade moçambicana” considera o sociólogo e analista político Moisés Mabunda à VOA.
Para Mabunda, quando uma sociedade inteira se encontra ferida e abalada, “penso que nós, humanamente, nos devíamos sentir culpados, pedir desculpas e afastarmo-nos, porque este dano infligido à sociedade, é extremamente grave”.
O também analista político Hilário Chacate diz ser deselegante a atitude da ministra de demitir o director do Instituto Nacional de Desenvolvimento da Educação, Ismael Nhêze, e da porta-voz do Ministério da Educação e Desenvolvimento Humano, Gina Guibunda, realçando que isso não é relevante.
Chacate refere que a ministra “devia ter a coragem de vir a público dizer que eu coloco o meu lugar à disposição, ela sairia pela porta grande se fizesse isso, mas enquanto exonera os outros, sendo ela a responsável máxima por este problema, eu acho que isso não resolve o problema”.
Por seu turno, o analista político Ilídio de Sousa considera que a tentativa de colocação de erratas nos manuais, “e depois aparecer a ministra da Educação a dizer que é preciso rasgar o livro todo, mostra que há uma descoordenação muito grande”.
“A ministra devia ser muito cautelosa, porque correr com as pessoas enquanto existe uma comissão de inquérito que está a trabalhar, isto significa que ela já está a tomar a decisão, o que é deselegante”, considera Sousa.
Entretanto, para o também analista político Gustavo Mavie, a ministra da Educação e Desenvolvimento Humano está a ser atacada injustamente, porque ela é dirigente e não executiva.
Para além de mandar suspender o director do Instituto Nacional de Desenvolvimento da Educação e da porta-voz do Ministério da Educação e Desenvolvimento Humano, Carmelita Namashulua, suspendeu também todo o Conselho de Avaliação de Livros Escolares.
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