A carga manuseada no Porto de Maputo deverá atingir, em 2033, cerca de 42 milhões de toneladas por ano, em resultado da implementação das acções preconizadas no novo plano director da empresa, que prevê o melhoramento das infra-estruturas e equipamentos.

Nos últimos anos, a quota do mercado do Porto de Maputo registou um crescimento substancial. Só em 2019, movimentou mais de 21 milhões de toneladas de carga diversa, valor que subiu no ano passado para 22.3 milhões de toneladas.

O Director Executivo da Sociedade de Desenvolvimento do Porto de Maputo (MPDC), Osório Lucas, afirmou que a visão do futuro considera os princípios de interacção porto-cidade, eficiência portuária e o desenvolvimento sustentável.

Segundo o dirigente, as previsões de manuseamento de volumes de 42 mtpa em 2033, vão requerer, por exemplo, a expansão da ferrovia de alguns terminais e a simplificação da rede ferroviária in- terna.

“Iremos, internamente e junto dos CFM e da Transnet, prosseguir com as acções necessárias para o maior equilíbrio entre a carga rodoviária e ferroviária, promovendo o desenvolvimento integrado que potenciará, ainda mais, o crescimento do corredor”, sustentou.

No conjunto das acções previstas no quadro do novo plano, o director do Porto de Maputo referiu também à expansão dos terminais de contentores e intermodal de contentores e ainda a construção de novo cais de granéis.

Está igualmente prevista a criação do terminal de alimentos (grãos, açúcar, óleos vegetais, melaço) e a expansão da capacidade do terminal de carvão da Matola para 12 milhões de toneladas por ano.

“Quando o porto cresce, expande consigo toda a cadeia logística, a montante e jusante, dinamizando a economia regional. A implementação deste plano director gerará inúmeras oportunidades, por isso, gostaríamos de manifestar a nossa disponibilidade de continuar a integrar pequenas e médias empresas nacionais em actividades complementares ao empreendimento”, prometeu.

Importa referir que, recentemente, foram inaugurados os cais seis, sete, oito e nove, totalmente reabilitados, abrindo-se as portas a navios de maior calado, que beneficiam de infra-estruturas com um aprofundamento de até 16 metros.

Este feito colocou o Porto de Maputo, no entender dos seus gestores, num novo patamar no comércio internacional através da atracção de novas linhas de navegação e rotas.