Rússia convoca reunião do Conselho de Segurança da ONU sobre Bucha

A Rússia convocou uma reunião do Conselho de Segurança da ONU para discutir o que chamou de “provocações odiosas” da Ucrânia, que denunciou o assassínio de civis por tropas russas em Busha.

“À luz das provocações odiosas dos radicais ucranianos em Bucha, a Rússia solicitou uma reunião do Conselho de Segurança da ONU na segunda-feira, 4 de abril”, escreveu na rede social Twitter o vice embaixador da Rússia na ONU, Dimitri Poliansky, citado por portais de notícias.

Dmitry Polyansky disse que estava fazendo o pedido “à luz da provocação flagrante dos radicais ucranianos”.

O Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, acusou no domingo os líderes russos de ordenar “tortura e assassínios” em Bucha, na região de Kiev, onde foram encontradas valas comuns e centenas de corpos de civis. “De facto, isso é genocídio. A eliminação de toda a nação e do povo. Nós somos os cidadãos da Ucrânia. Temos mais de 100 nacionalidades”, afirmou.

“Trata-se da destruição e extermínio de todas essas nacionalidades”,

Num discurso em vídeo, na noite de domingo, Zelensky disse que “o mal concentrado chegou à nossa terra”, acrescentando que “todos os crimes dos ocupantes do território de nosso estado seriam investigados. Os culpados de tais crimes serão inscritos num livro especial e todos serão encontrados e punidos”.

Entretanto, a Rússia negou que as tropas tenham matado civis em Busha e assegurou que todas as fotografias e vídeos publicados pelo Governo ucraniano são “uma provocação”. A ex-embaixadora dos Estados Unidos na ONU, Samantha Power, criticou a decisão da Rússia.

“A Rússia está a recorrer ao mesmo cenário da Crimeia e de Alepo (na Síria): forçada a defender o indefensável, a Rússia exige uma reunião do Conselho de Segurança da ONU para fingir indignação”, escreveu no Twitter.

“Ninguém acredita nisso”, acrescentou a atual chefe da Agência dos Estados Unidos para o Desenvolvimento Internacional.

Desde o início da invasão, há mais de cinco semanas, a Rússia discutiu frequentemente com outros membros do Conselho de Segurança, trocando alegações de abusos de direitos humanos com os EUA em particular.

Fonte: NM

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