A produção nacional de carne de frango atingiu 135 mil toneladas, no ano passado, impulsionada pelo aumento do número de avicultores, expansão de aviários, combate ao contrabando e crescente disponibilidade de milho e soja.
A cifra representa uma variação positiva de 13% em relação a 2020, altura em que foram colocadas 120 mil toneladas no mercado nacional, contribuindo para reduzir a dependência de importações.
O director nacional de Desenvolvimento Pecuário (DNDP), Américo Conceição, explicou, recentemente, que o Governo e o sector privado têm investido no controlo do contrabando de frango e incremento da capacidade de produção.
“No ano passado, registámos um aumento na produção de frango, com cerca de 135 mil toneladas e somos o segundo maior produtor na região, atrás da África do Sul, com cerca de 1,3 milhões de toneladas”, disse Conceição.
Os investimentos realizados no sector levaram, segundo da Conceição, à redução das importações de carnes para cerca de dois por cento. As aquisições centraram-se, sobretudo, para responder à época de maior procura de carnes.
“Tivemos importações de cerca de duas mil toneladas, para estabilizar o preço do mercado do frango congelado no final ano. Continuaremos a importar frango só para este fim em momentos críticos”, acrescentou.
Realçou que o país consome, anualmente, cerca de 137 mil toneladas de carne de frango, 98% das quais são asseguradas pela produção local, disponibilizadas tanto por investidores privados como por avicultores do sub-sector familiar.
As estatísticas do sector pecuário indicam que a província de Maputo lidera a produção com 90,6 mil toneladas, seguida de Nampula e Manica, com 15,8 e 11,6 mil toneladas, respectivamente.
Por seu torno, Zambézia, Niassa, Cabo Delgado e Sofala apresentam as cifras mais baixas com 695, 785, 852 e 906, respectivamente.
Outra área que cresceu de forma significativa é a produção de ovos que subiu em mais de 18 por cento, tendo sido colocados no mercado nacional 24,7 milhões de dúzias, com as províncias de Manica e Maputo a registarem os maiores níveis de produtividade.
O Ministério da Agricultura e Desenvolvimento Rural (MADER) indica que a subida da produtividade foi motivada pelas políticas de controlo do contrabando, com maior impacto no incentivo do investimento dos intervenientes do sector privado.