A distribuição do livro escolar do Sistema Nacional de Educação está atrasada, a duas semanas do início oficial do ano lectivo de 2022.
O Ministério da Educação e Desenvolvimento Humano (MINEDH) assume o facto, associando-o a factores como a pandemia da Covid-19 que dificulta a aquisição dos manuais e seu transporte para o país, por falta de contentores, para que atempadamente sejam distribuídos às escolas.
Gina Guibunda, porta-voz do ministério, lembrou que o livro escolar é produzido fora do país, por isso “enfrentamos todos estes constrangimentos. Neste momento ainda não temos os livros. Estamos atrasados na sua distribuição devido à Covid-19 e à falta de contentores a nível internacional”.
Guibunda assegurou, entretanto, que o atraso que se verifica na chegada do livro escolar não irá condicionar o arranque do ano lectivo de 2022, previsto para o próximo dia 31 de Janeiro, porque o MINEDH está a trabalhar com as Direcções Provinciais (DP) do sector, nos passos que devem ser seguidos com vista ao início das aulas nas datas previstas.
Segundo a porta-voz do MINEDH, há orientações pedagógicas a serem dadas às escolas e estas estão a organizar-se no sentido de quando iniciarem a planificação das aulas contarem com este lapso de tempo em que o livro ainda não estará disponível.
A chegada deste material didáctico, fundamental para o processo de ensino-aprendizagem, está prevista para meados do mês de Fevereiro, uma semana e meia depois do arranque oficial das aulas em todo o território nacional.
“Esperamos que alguns contentores comecem a chegar na primeira quinzena do mês de Fevereiro”, afirmou, tendo acrescentado que o sector está a trabalhar para que logo que o livro escolar chegue a Moçambique seja imediatamente distribuído por todas as escolas em todas as províncias do país.
A porta-voz do MINEDH indicou que no total foram adquiridos 16.700.000 livros para o ensino monolingue, cerca de 4.000.000 para o bilingue, 600 mil para a alfabetização de adultos e 3200 livros em braille, para crianças com necessidades especiais, nomeadamente deficientes visuais.
Sublinhou que, apesar destes constrangimentos, tudo está a postos e o sector prepara-se para o arranque do ano lectivo em 31 de Janeiro em todo o país.