McDonald’s Japão obrigada a racionar doses de batata frita

A cadeia de abastecimento de batatas está a sofrer uma escassez, e a sucursal japonesa da McDonald’s anunciou que entre o Natal e o fim-do-ano vai racionar batatas fritas nos seus menus: na semana entre 24 e 31 de Dezembro (pelo menos) será suspensa a venda de doses grandes e médias de batatas fritas.

Isto tem origem nos evidentes impactos da pandemia da covid-19 e decorre também das cheias que se verificam no Canada – um dos grandes fornecedores deste tubérculo para o Japão, e as disrupções na cadeia global de fornecimento, com excesso de procura e limites na oferta de contentores e cargueiros.

“Devido às grandes inundações perto do Porto de Vancouver … e à crise global da cadeia de abastecimento causada pela pandemia de coronavírus, há atrasos no fornecimento de batatas”, comunicou a sucursal.

O Japão é um dos maiores mercados da empresa de fast-food fora dos Estados Unidos. Nas 2.900 lojas da McDonald’s no Japão apenas serão vendidas doses pequenas de batatas fritas, mas, por outro lado, o preço dos menus terá um pequeno desconto.

Trata-se de um plano de emergência para garantir “que a venda de batatas fritas aos clientes não seja interrompida”, disse um porta-voz da companhia.

A McDonald’s do Japão já anunciou que vai receber cerca de mil toneladas de batata por via aérea – apesar do acréscimo de custos, isso permitirá reduzir o impacto económico e reputacional de ficar sem um dos seus produtos mais procurados numa das épocas mais fortes de consumo no Japão.

A escassez de batata não é uma novidade no Japão, nem uma consequência apenas da pandemia e das disrupções que a covid-19 provocou no mercado mundial de matérias-primas. O caso mais recente aconteceu em 2017, quando uma má colheita de batata a nível nacional – mas em particular na ilha de Hokkaido, no norte do Japão – provocou falhas na oferta de batatas fritas. Na altura, houve uma corrida aos supermercados e muitos consumidores não hesitaram em açambarcar batatas.

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