A Covid 19 tem causado impactos severos na humanidade, sobretudo nas pessoas mais vulneráveis. Segundo um comunicado do Banco Mundial e da Organização Mundial da Saúde, OMS, o custo da Covid 19 na saúde “emperrou” meio milhão de pessoas a extrema pobreza em todo o mundo no ano passado.

Trata-se da pior crise económica dos serviços oferecidos na saúde desde os anos 1930, de acordo com o comunicado.  “Muitas pessoas arcaram com os custos da saúde com valores do próprio bolso durante o auge da Covid-19”, enfatizam as duas entidades (Banco Mundial, OMS).

O diretor-geral da OMS, Tedros Ghebreyesus, declarou que todos os governos devem retomar e acelerar imediatamente ações para “garantir que todos cidadãos tenham acesso aos serviços de saúde sem temer as consequências financeiras.”

O responsável pela OMS lembra que em 2019, antes da pandemia, havia 68% da população mundial coberta com atendimento pré e pós-natal e serviços de saúde reprodutiva.

Imunização, tratamento para doenças como HIV, tuberculose e malária, além de diagnóstico e cuidados com doenças crônicas como câncer, questões cardiovasculares e diabetes também integravam o pacote.

Mas hoje com a pandemia, o cenário é caótico. “As pessoas mais pobres e vivendo em áreas rurais ficaram prejudicadas e com menos possibilidade de obter serviços de saúde e pagar por eles”.

Informação das duas instituições que temos estado a citar revela que Atualmente, chega a 90% a percentagem de famílias que empobrecem por gastos directos com saúde, e que já estão na linha da pobreza ou abaixo desta condição.

Para o Banco Mundial e a OMS, só quando os países têm uma imagem precisa do desempenho de seu sistema de saúde podem ser capazes de direcionar ações para a melhora da forma como atendem as necessidades de todas as pessoas.

No esforço para recuperação pós-Covid-19, os novos dados oferecem um alerta e orientações para que as nações mantenham suas populações seguras, saudáveis e financeiramente protegidas. Desde o início da crise, o Banco Mundial revelou ter aplicado mais de 157 bilhões de dólares para combater os impactos da pandemia na saúde em áreas como economia e sociedade em mais de 100 países

E mais da metade das cerca de 60 economias beneficiárias de baixa e média rendas, estão na África.

Fonte ONU News