A afirmação consta de um estudo liderado pela Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura, FAO, sobre o impacto do projecto Grande Muralha Verde, citada por uma agência internacional de notícias.
Análise custo-benefício publicada na Sustentabilidade Natural mostra retorno em médio de 20% para cada dólar investido num projecto de restauração do solo apesar de condições climáticas adversas.
O coordenador da Divisão de Florestas da FAO, Moctar Sacande, diz que é preciso mudar a retórica sobre a região. Para ele, é necessário mostrar que apesar de um solo seco e árido, é possível restaurar o solo e obter lucros.
O estudo utilizou dados por satélite e no terreno para mapear a degradação ambiental entre 2001 e 2018. A partir daí, comparou-se os custos e os benefícios de restauração do solo com base em diferentes cenários adaptados aos contextos locais.
O reflorestamento e restauração neste cinturão, que se estende por 8 mil km2, estão levando comunidades a plantar árvores resilientes e espécies como a Acácia Senegal que gera borracha árabe usada em bebidas. E outras espécies que ajudam com fertilizantes para o cultivo de um tipo de milho e forragem animal.
Com o apoio da FAO, mais de 500 comunidades estão melhorando oportunidades de rendas e segurança alimentar. Um total de 20 bilhões de dólares foi prometido como apoio incluindo 14,3 bilhões de dólares na Cimeira para Biodiversidade, um Planeta.
Fonte ONU News