Há mais africanos a apostar em negócios de inovação, revela Unesco

Um estudo da ONU para a Educação, Ciência, Tecnologia e Cultura (UNESCO) publicado recentemente diz que um em cada quatro empresários africanos criou negócios inovadores.

A pesquisa envolveu 10 países africanos, incluindo Moçambique numa análise que abrangeu mais de 400 mulheres do continente.

Em Moçambique o estudo cita a história da empresária, Jéssica Manhiça que é fundadora da iniciativa Ideário, que leva treinamento digital para mulheres moçambicanas.  

A empresária destaca que muitas não possuem acesso a computadores e celulares, disparidade confirmada por números divulgados pela ICT Research Africa. Os dados revelam que apenas 6,8% das mulheres usam internet no país. 

“No meu centro de inovação busco diminuir essas lacunas e facilitar a inserção de mulheres no mercado de tecnologia”, refere citada pela ONU News.

Os poucos investimentos no sector de inovação direcionados a mulheres é preocupação da jovem empresária.

“Uma das limitações que eu vivenciei foi a falta de recurso e recursos didáticos, com foco na mulher quando se trata de digitalização e treinos vocacionais.”

Diz que há ter em conta que por mais que “estamos em uma sociedade que está lutando para desenvolver, o trabalho a ser feito para atingir ou superar essas limitações tem de ter um especial foco na rapariga” 

O testemunho da empresária é confirmado pelo estudo da Unesco, que revela que 70% das mulheres entrevistadas citaram o mesmo obstáculo.  

A publicação da Unesco destaca que 90% das mulheres que são donas de empresas nos países estudados são encorajadas por outras histórias de sucesso e não por falta de alternativas no continente. Outro dado achado da pesquisa é que uma em cada 10 mulheres considerou os avanços em igualdade e na inclusão essenciais para a próxima geração de empresárias.

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