Prémio Nobel da Economia vai para David Card, Joshua Angrist e Guido Imbens

Os economistas David Card, Joshua Angrist e Guido Imbens conquistaram hoje o Prémio Nobel da Economia de 2021. Os seus trabalhos têm a ver com “experiências naturais” pioneiras para mostrar o impacto económico do mundo real em áreas desde o sector de fast-food dos EUA até à migração de Cuba, da era Castro.

David Card venceu “pelas suas contribuições empíricas para a economia do trabalho”. Já Angrist e Imbens foram premiados “pelas suas contribuições metodológicas para a análise de relações causais”.

Ao contrário da medicina ou de outras ciências, os economistas não podem conduzir ensaios clínicos rigidamente controlados. Em vez disso, as experiências naturais utilizam situações do quotidiano para estudar os impactos no mundo, uma abordagem que se estendeu a outras ciências sociais.

“A sua investigação melhorou substancialmente a nossa capacidade de responder às principais questões morais. Isso está a ser de grande benefício para a sociedade”, afirmou Peter Fredriksson, presidente do Comité do Prémio de Ciências Económicas.

Os três economistas estão ligados a universidades norte-americanas, mas só Joshua Angrist nasceu nos EUA. David Card é natural do Canadá e Guido Imbens nasceu nos Países Baixos. David Card é investigador da Universidade de Berkeley, nos EUA. Joshua Angrist é investigador do Massachusetts Institute of Technology e Guido Imbens integra a Universidade de Stanford.

Os prestigiados prémios para trabalhos em ciência, literatura e paz foram criados e financiados pelo inventor de dinamite e empresário bem-sucedido, o sueco Alfred Nobel. São atribuídos desde 1901. O prémio de economia foi criado através de uma doação do banco central da Suécia e entregue pela primeira vez em 1969.

Embora o prémio de economia tenha tendido a viver à sombra dos frequentemente já famosos vencedores dos prémios de paz e literatura, os laureados ao longo dos anos incluem vários economistas influentes, tais como o austríaco-britânico Friedrich August von Hayek e o americano Milton Friedman.

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