O Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Punud) refere que Angola e Moçambique possuem mais de metade da população em cenário de vulnerabilidade.
Segundo o estudo, mais de 16 milhões de angolanos são pobres, o que corresponde a 51,1% da população total.
Para Moçambique a situação é mais preocupante. O relatório do Pnud diz que o número de pessoas pobres supera os 70%. São mais de 22 milhões de pessoas em dificuldades. E desse número, 63% vivem abaixo da linha da pobreza.
O estudo teve em conta factores como, acesso à saúde, educação, água potável, entre outros.
Os resultados de São Tomé e Príncipe ficaram na casa dos 11% e do Brasil, em 3,8%.
O relatório do Pnud destacou ainda a vulnerabilidade de grupos étnicos. O número aponta que pelo menos 90% de seus integrantes vivem com grandes privações.
O Pnud afirma que os povos indígenas estão entre os mais pobres. Na Bolívia, as comunidades representam cerca de 44% da população. Entre elas, 75% das pessoas são consideradas pobres.
O relatório também indica uma disparidade entre meninos e meninas. Os dados mostram que, em todo o mundo, cerca de dois terços das pessoas mais vulneráveis vivem em moradias em que nenhuma menina completou seis anos de estudo.
O Pnud ainda destaca que cerca de metade das pessoas em situação de pobreza são menores de 18 anos.
Entre os mais de 1 bilhão de pessoas vulneráveis, 67% vivem em países de renda média.
Quase a totalidade do grupo não possui meios adequados de preparar alimentos e vive sem saneamento básico.
O estudo revela que 788 milhões vivem em locais com pelo menos uma pessoa desnutrida e 568 milhões precisam caminhar mais de 30 minutos para acessarem fontes de água potável.
Fonte ONU News