Segundo relatório do Banco Mundial (BM), a economia de Cabo Verde poderá atingir um crescimento médio de 5,1% entre 2021 e 2023. O facto deve-se, avança o relatório, à retoma dos fluxos turísticos no último trimestre.
O relatório do BM diz que Cabo Verde vai “começar a recuperar gradualmente” dos efeitos da pandemia, que “colocaram 100.000 pessoas em situação de pobreza temporária”.
O relatório deste mês do BM, refere que a crise económica causada pela Covid-19 no arquipélago “reverteu os progressos na redução da pobreza alcançados desde 2015”.
“Contudo, as perspetivas são incertas, com riscos negativos substanciais. As incertezas quanto à duração da pandemia, incluindo o aparecimento de novas variantes e a velocidade da recuperação global, particularmente na Europa, ensombram as perspetivas a médio prazo”, aponta o relatório.
Como “resultado da dramática redução das receitas fiscais devido à crise da covid-19”, tanto o défice fiscal como as necessidades de financiamento de Cabo Verde “aumentaram substancialmente em 2020”, lê-se no documento.
“O desempenho financeiro do Sector Empresarial do Estado, que já era fraco, foi duramente atingido pela crise, exigindo apoio fiscal de emergência e exacerbando os já elevados riscos fiscais. Os recentes ganhos na redução do peso da dívida pública foram revertidos em 2020”.
O BM refere ainda que a atividade económica em Cabo Verde contraiu 14,8% em 2020, em relação ao PIB do ano anterior, traduzindo-se na “maior recessão de sempre e a segunda maior na África Subsaariana”.