O Governo tanzaniano assinou, no sábado, um acordo com as multinacionais Equinor (norueguesa) e Shell (britânica) para a construção de um projecto de exportação de Gás Natural Liquefeito (GNL), avaliado em 30 mil milhões de dólares.
A Decisão Final de Investimento (DFI) deverá ser anunciada em 2025, sendo que as primeiras operações deverão iniciar entre 2029 e 2030, numa fábrica de gás natural liquefeito a ser construída na cidade costeira sul da Tanzânia, em Lindi, que dista a 190 quilómetros do distrito de Palma, na província de Cabo Delgado, em Moçambique.
Estima-se que o depósito de GNL ao largo da costa tanzaniana contenha mais de 57 triliões de pés cúbicos (1,630 mil milhões de metros cúbicos).
O país nunca antes tinha recebido um investimento a esse nível, reconheceu o Ministro da Energia tanzaniano, Janeiro Makamba, no acto da assinatura do acordo. “Este projecto vai mudar significativamente a nossa economia”.
“O posicionamento geográfico da Tanzânia facilita o transporte do gás natural para outros países, especialmente alguns asiáticos, que estão à procura de novas fontes de energia”, referiu.
Os projectos para a fábrica de GNL tinham estagnado durante vários anos quando o país ainda se encontrava sob governação de John Magufuli, antecessor da actual Presidente da Tanzânia, Samia Suluhu Hassan.
A Equinor e a americana ExxonMobil estão a explorar um bloco, cerca de 100 quilómetros (60 milhas) ao largo da costa de Lindi, onde dizem ter encontrado 20 triliões de pés cúbicos (566 mil milhões de metros cúbicos) de gás natural.
A Shell e a Ophir Energy e Pavilion Energy dizem ter descoberto 16 triliões de pés cúbicos (453 mil milhões de metros cúbicos) de gás em dois outros blocos offshore na mesma área.
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