Após a Autoridade Tributária de Portugal (AT) ter exigido ao selecionador português, Fernando Santos, o pagamento de 4,5 milhões de euros em IRS, conforme noticiou o “Expresso”, recordamos os (vários) casos de futebolistas e treinadores que foram apanhados e, consequentemente, obrigados a devolver as somas em Espanha.
O fisco espanhol não olha a estatutos na hora de cobrar o que é devido, com Messi, Ronaldo ou Mourinho a servirem de exemplos disso mesmo.
Segundo o jornal Económico, em 2018, o capitão da seleção portuguesa, Cristiano Ronaldo, foi acusado de ter, de forma “consciente”, criado empresas na Irlanda e nas Ilhas Virgens britânicas, para defraudar o fisco espanhol em 14.768.897 euros, cometendo quatro delitos contra os cofres do Estado espanhol, entre 2011 e 2014. CR7 alegou desconhecimento, afirmando que “nunca escondeu nada”, nem teve intenções de “fugir aos impostos”. No entanto, viu-se obrigado a pagar 18,8 milhões de euros.
Ronaldo não foi o único português visado pelo fisco espanhol. Também o José Mourinho, que entre 2010 e 2013 liderou os destinos do Real Madrid, foi condenado a um ano de prisão com pena suspensa e uma multa de dois milhões de euros, na sequência da fraude fiscal em 3,3 milhões de euros detetada pelo Fisco espanhol.
O astro argentino, Lionel Messi, cuja carreira é gerida pelo pai, foi condenado a pagar 18 milhões de euros e recebeu uma sentença de 21 meses de pena suspensa, após o fisco espanhol ter detectado uma fuga aos impostos. Tal como o rival português, os gestores financeiros de Messi utilizaram contas em paraísos fiscais para contornar o sistema de impostos espanhol.
Seguem-se três jogadores com passagem em Portugal: Radamel Falcão, James Rodriguez e Angel Di Maria. Em conjunto, burlaram o estado espanhol em 16,4 milhões de euros. Como consequência e, após serem detetadas as fugas, Falcão foi condenado a pagar dez milhões de euros, Rodriguez 4,2 milhões de euros e Di Maria dois milhões de euros. Todos alegaram “ignorância” sobre os processos de pagamento de impostos.
Companheiros de seleção e rivais em Espanha, os brasileiros Neymar e Marcelo também não conseguiram escapar ao fisco espanhol. Neymar, na altura jogador do FC Barcelona, teve os seus activos avaliados em 58,9 milhões de euros congelados, enquanto o fisco investigava a fuga aos impostos, tendo sido posteriormente condenado a pagar 19 milhões de euros — valor recorde entre futebolistas, para desbloquear as suas contas. Já Marcelo, foi condenado a quatro meses de pena suspensa, com uma multa adicional de 1,8 milhões de euros.
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