A Companhia Nacional de Petróleo da Líbia (NOC) anunciou, na segunda-feira, que protestos e rivalidades políticas provocaram a interrupção da exportação do crude no terminal petrolífero de Zuwetina, um dos mais importantes do país.
O encerramento de Zuwetina, um dos quatro terminais petrolíferos da designada região do “Crescente Petrolífero” (leste), vai privar a Líbia da exportação de cerca de um quarto da sua produção.
Um comunicado da NOC refere que a instituição lamentou o “início de uma dolorosa vaga de encerramentos” de instalações petrolíferas, “numa altura em que os preços do petróleo e do gás disparam” nos mercados internacionais devido ao conflito na Ucrânia.
Após o “encerramento forçado” no domingo do campo de al-Fil (sul), os funcionários de Zuwetina (leste), Mellitah (noroeste), al-Sarrir (leste) e Al Khaleej (leste) foram “forçados a terminar progressivamente e totalmente a produção”, segundo a empresa.
A interrupção de produção também afectou os “campos de Abu al-Tifl (leste), al-Intissar (leste), al-Nakhla (leste)”, no domingo, à semelhança da produção de gás nas fábricas associadas a estes locais e ao porto de Zuwetina, onde “um grupo de indivíduos entrou à força para obrigar os trabalhadores a terminarem as operações”, precisou a NOC.
O Presidente da NOC, citado em comunicado, disse que a instituição “é forçada a declarar o estado de força maior no porto de Zuwetina” e nos campos e fábricas associados a este porto “até nova ordem”.
A Líbia, dividida pelas lutas de poder entre o leste e o oeste desde a queda do regime de Muammar Kadhafi em 2011, possui actualmente dois executivos rivais.
A NOC sublinhou por diversas vezes a importância de “preservar a neutralidade” do sector petrolífero e mantê-lo à margem dos “conflitos políticos”, frisou Sanalla no comunicado.