O Presidente angolano, João Lourenço, defende o diálogo como sendo a melhor solução para a crise pós-eleições em Moçambique, desencadeada depois do escrutínio de 9 de Outubro último.
Segundo a Angop, Lourenço exprimiu este sentimento no discurso da abertura do VIII Congresso Extraordinário do MPLA, partido no poder em Angola, um evento de dois dias com início segunda-feira (16).
O evento tem como objectivo para discutir ajustamentos ao estatuto do partido e a tese sobre os 50 anos de Independência Nacional, que se assinala a 11 de Novembro do próximo ano.
Lourenço apelou às autoridades moçambicanas, partidos políticos e a sociedade civil a trabalharem para encontrarem as melhores soluções com vista a ultrapassar a crise pós-eleitoral, sob pena de afectar a paz e segurança, a integridade física dos cidadãos e a economia moçambicana e dos países limítrofes.
“Esta situação explosiva que o mundo vive justifica cada vez mais a premente necessidade de reformas do sistema das Nações Unidas, particularmente do seu Conselho de Segurança, que já não reflecte a realidade actual, daí a sua inoperância perante o agravar dos conflitos, que podem levar a uma confrontação de consequências imprevisíveis para a paz e segurança universal”, disse.
Há quase dois meses que o país está sob o clima de tensão pós-eleitoral, provocada pelas manifestações convocadas pelo candidato presidencial Venâncio Mondlane, apoiado pelo partido Podemos.
As manifestações são convocadas em protesto aos resultados das eleições gerais de 09 de Outubro que dão vitória à Frelimo e a seu candidato presidencial, Daniel Chapo, segundo a Comissão Nacional de Eleições (CNE)
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