O presidente da Assembleia Geral da ONU, Philémon Yang, afirmou que África precisa de apoio internacional “urgente” e de reformas sistémicas para cumprir os Objectivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), a Agenda 2063 (quadro da União Africana).

Numa publicação da Voz de América (VOA), Yang salientou ainda o potencial de África durante o debate Nova Parceria para o Desenvolvimento de África, da Assembleia Geral da ONU.

“Nunca houve um momento melhor para acelerar o progresso em direcção à paz, à prosperidade e ao desenvolvimento sustentável”, declarou o presidente. Philémon Yang salientou como desafios os défices de electricidade, a insegurança alimentar, o problema da dívida e “o sistema financeiro mundial injusto” que “exacerbaram as pressões financeiras de África”, o que, segundo a ONU conduz a um défice de financiamento do desenvolvimento de 1,6 mil milhões de dólares.

De acordo com as Nações Unidas, a África precisará de cerca de 194 mil milhões de dólares de financiamento adicional por ano para alcançar os ODS.

O presidente da Assembleia Geral da ONU considera que a elevada percentagem de população jovem do continente pode ser “um importante motor de mudança transformadora”, instando a comunidade internacional a ajudar o continente africano e a continuar o investimento nas áreas das finanças, ciência e tecnologia.

“Com uma gestão financeira mais eficaz, uma mobilização de recursos internos mais forte e uma melhor utilização do debate como instrumento de desenvolvimento, as economias africanas podem fortalecer e sustentar o seu crescimento”, afirmou Philémon Yang.

Yang frisou ainda a importância de se encontrarem soluções políticas para os decorrentes conflitos em países como o Sudão e a Somália. “A promoção da paz e o avanço do Estado de direito em África exigem uma estratégia abrangente”, reputa o presidente da Assembleia Geral da ONU, para depois frisar que “África tem de continuar a crescer”.

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