Cerca de 2.500 voos foram cancelados de ou para aeroportos norte-americanos no primeiro dia de 2022, prolongando pelo nono dia importantes perturbações aéreas causadas pela progressão da variante Ómicron do novo coronavírus, agravadas por uma tempestade de neve.
Pelas 13:30 na costa leste dos Estados Unidos, foram registados 2.482 cancelamentos em todo o país, mais da metade dos cancelamentos em todo o mundo (4.304) durante o primeiro dia do ano 2022, o que representa um aumento nos cancelamentos de voos em relação aos anteriores dias.
Segundo a Lusa, a cidade de Chicago, no noroeste dos Estados Unidos, foi no sábado a mais afectada no mundo por uma tempestade de neve, que fez com que o aeroporto O’Hare tivesse cancelado 402 voos na origem e 425 no destino, a que se somam 130 na origem e 143 no destino do aeroporto de Midway, seguindo-se Denver (Colorado) e Detroit (Michigan).
Aliás, a falta de pessoal devido às infecções de covid-19 que têm afectado os voos e as respectivas tripulações também ficou evidente com a notícia sobre a companhia United Airlines, que ofereceu aos seus pilotos o triplo do salário durante grande parte do mês de Janeiro para tentar minimizar os cancelamentos.
Em concreto, e de acordo com nota da United enviada na sexta-feira à estação de televisão CNBC, o sindicato dos pilotos e a companhia aérea chegaram a acordo.
A empresa vai pagar mais de três vezes o salário aos pilotos que trabalham em voos abertos desde 30 de Dezembro e 03 de Janeiro, e três vezes mais para aceitarem voos adicionais entre os dias 04 e 29 de Janeiro.
Entretanto, o comunicado assinala ainda que a United registou um “grande número” de pilotos contagiados devido à “rápida expansão da variante Ómicron”.
Por companhias aéreas, a mais afectada no mundo pelos cancelamentos, como sucedeu nos últimos dias, é a China Eastern (513 voos afectados), seguida da Southwest (Estados Unidos, com 472), SkyWest (Estados Unidos, com 437) e a Air China (com 226).