Novas sanções começam a afectar economia da Rússia. Moscovo admite impacto no défice

Novas sanções começam a afectar economia da Rússia. Moscovo admite impacto no défice

Os limites de preços para as exportações de petróleo bruto e refinado da Rússia podem forçar o Kremlin a cortar a produção entre 5% e 7%.

A última ronda de sanções ocidentais contra a Rússia devido à invasão da Ucrânia começa a prejudicar a economia do país, conforme admitiu o ministro das Finanças russo, Anton Siluanov.

Anton Siluanov, citado pela “CNBC”, disse que o tecto de preço do petróleo imposto pelas principais economias do G-7 (Grupo dos Sete), bem como pela União Europeia e Austrália, está a prejudicar a receita de exportação russa e provavelmente vai aumentar o défice orçamental de Moscovo, mais do que os 2% esperados para próximo ano.

Os limites de preços para as exportações de petróleo bruto e refinado da Rússia podem forçar o Kremlin a cortar a produção entre 5% e 7% no próximo ano.

“Ainda é muito cedo para avaliar completamente sobre o impacto do tecto do preço do petróleo do G7, mas os primeiros indicadores sugerem que a economia da Rússia está a começar a sentir o impacto das sanções”, sublinha Nicholas Farr, especialista em Economia na Capital Economics, citada pelo jornal Económico.

“A economia da Rússia sofrerá outra contracção em 2023. Entretanto, a queda nas receitas de energia significa que a economia da Rússia vai ficar sob pressão”, considera o especialista.

O rublo russo caiu quase 10% em relação ao dólar na semana passada, tornando-se de longe a moeda dos mercados emergentes com pior desempenho depois de desafiar as expectativas durante grande parte do ano.

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