A empresa Linhas Aéreas de Moçambique (LAM) selecionou numa primeira fase 14 empresas no âmbito do concurso para aquisição dois lotes de aeronaves de modelo Embraer 190 e Boeing 737-700, todas elas em número não especificado.
Segundo uma publicação do jornal Savana, que cita uma comunicação da companhia aérea, a LAM anunciou a notificação das 14 entidades pré-seleccionadas para apresentarem propostas técnicas e financeiras para posterior avaliação e tomada de decisão de quem serão os adjudicatários.
Do lote dos 14 concorrentes, o destaque vai para as empresas Portugal, Emirados Árabes Unidos, China, EUA, Brasil, Líbia, África do Sul entre outros, num cenário em que todos os continentes estão representados.
A nível nacional concorreu apenas uma empresa denominada Helirescue24africa LDA, representada por Stephen Chituku, um cidadão zimbabueano. A Empresa é uma sociedade unipessoal, registada em 2018, e conta com capital social de 100 mil meticais.
A mesma publicação aponta que o concurso público da LAM está envolto em polémicas devido a várias irregularidades e incongruências, levando muita gente a considerar que se trata de um concurso para o inglês ver.
O anúncio trata da mesma manifestação de interesse e a submissão de propostas, com prazos muito apertados (7 dias) num processo de grande envergadura que, regra geral, leva cerca de 25 dias. Ademais, o documento fala de aquisição de cinco aeronaves. Os acionistas falam de aquisição de oito, sendo que o Governo, no seu plano de 100 dias de governação, compromete-se a adquirir três aeronaves.
Publicamente não há especificações se as aeronaves são novas ou de segunda mão, de modo a facilitar a proposta de manifestação de interesse. A falta de clareza nos critérios de avaliação levanta uma série de suspeitas de que as decisões já foram tomadas.
(Foto DR)
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