O procurador-geral do Brasil disse esta terça-feira (18) que o ex-líder Jair Bolsonaro sabia e concordou com um plano para envenenar o seu sucessor e atual presidente Luiz Inácio Lula da Silva, como parte de uma tentativa de golpe para permanecer no poder.
Segundo uma publicação da Euro News Português, o procurador-geral, Paulo Gonet acusou formalmente Jair Bolsonaro de tentativa de golpe para se manter no cargo após a sua derrota nas eleições de 2022 e disse que o plano também visava matar o juiz Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal, um inimigo do ex-presidente.
Assim, o Supremo Tribunal irá analisar as acusações e, se forem aceites, Bolsonaro irá a julgamento.
Entretanto, perante as acusações, o líder da extrema-direita nega qualquer irregularidade. “Não tenho nenhuma preocupação com as acusações, zero”, disse Bolsonaro a jornalistas, durante uma visita ao Senado em Brasília.
“Vocês viram o decreto do golpe, por acaso? Não viu. Eu também não”, acrescentou.
A equipa de defesa de Bolsonaro disse que recebeu as acusações com “consternação e indignação”, acrescentando em comunicado que “o antigo presidente nunca concordou com qualquer movimento que visasse desconstruir o Estado de direito democrático ou as instituições que o sustentam”.
O filho de Bolsonaro, Flávio Bolsonaro, que é senador, disse na plataforma social X que a acusação era “vazia” e que não havia provas de irregularidades. Acusou também a Procuradoria-Geral da República de servir “aos interesses nefastos de Lula”.
(Foto DR)
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