Uma equipa de investigadores japoneses desenvolveu um dispositivo capaz de registar e interpretar sonhos, combinando neurociência e Inteligência Artificial (IA).

Segundo uma publicação do jornal brasileiro “Correio”, trata-se de uma tecnologia baseada em imagens de ressonância magnética funcional (fMRI), que monitoriza a actividade cerebral durante o sono e promete que as pessoas possam mergulhar nos seus sonhos e os reproduzam digitalmente.

Os testes envolveram participantes que, ao entrarem na fase movimento rápido dos olhos (REM), foram acordados para descreverem os seus sonhos. “Os padrões de actividade neural registados permitiram ao algoritmo prever, com 70% de precisão, o conteúdo relatado”, explicam os investigadores.

Segundo a mesma publicação, a tecnologia centra-se no sono REM, uma fase em que o cérebro atinge níveis elevados de actividade, criando os cenários característicos dos sonhos. A fMRI foi utilizada para mapear esta tarefa em pormenor, tornando possível a descoberta.

Os cientistas sublinharam que o desenvolvimento envolveu anos de estudo sobre as diferentes fases do sono humano, especialmente as fases NREM 1, 2, 3 e o sono REM. “É na fase REM que o cérebro constrói os sonhos, e a nossa investigação centrou-se na compreensão destes processos”, concluiu a equipa.

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