J. Borrell considera que África deve aliar-se à UE para fazer frente à Rússia

J. Borrell considera que África deve aliar-se à UE para fazer frente à Rússia

O Alto-Representante da União Europeia (UE) para a Política Externa considerou hoje que a Europa é o “parceiro fiável” de África face à Rússia e que a guerra na Ucrânia prejudica o continente e o resto do mundo.

Num artigo de opinião publicado no jornal queniano Daily Nation, citado pela Lusa, Josep Borrell salientou que África é um “continente vibrante” que está a forjar o seu futuro através da transformação digital, de uma agricultura mais eficiente e sustentável, da construção de infraestruturas, do reforço da segurança e do investimento na sua juventude.

“Por esta razão, propomos que a Europa seja o parceiro de escolha da África”, disse o alto-representante, que hoje inicia uma viagem a Moçambique, salientando que “o investimento europeu em África é mais de cinco vezes maior do que o da China”.

No entanto, acrescentou, o futuro do mundo está ensombrado pelas “consequências devastadoras da guerra da Rússia contra a Ucrânia sobre a segurança alimentar, os preços da energia, a dívida e a insegurança”.

A guerra afecta a todos, mas “África é uma das suas principais vítimas colaterais”, referiu o chefe da diplomacia europeia, admitindo que “alguns países africanos olham para esta guerra de uma perspectiva diferente” da UE.

O chefe da diplomacia da UE começa hoje uma visita de dois dias a Moçambique, em que vai reunir-se com o Presidente, Filipe Nyusi, e entregar equipamento não bélico para apoiar o combate em Cabo Delgado.

Na sexta-feira, Borrell vai visitar a Missão de Formação Militar da União Europeia no país, no campo de treino da Katembe, “onde vai testemunhar a cerimónia de entrega de equipamento financiado pelo Mecanismo de Paz Europeia”.

A missão apoia o treino de unidades de reação rápida das Forças Armadas de Defesa de Moçambique e conta com 119 membros de 12 países.

Portugal assume o comando da missão e é o país com o maior contingente, actualmente de 68 militares dos três ramos das forças armadas e GNR. (Lusa/Noam)

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