O porto de Pemba, na província de Cabo Delgado, norte de Moçambique, poderá incrementar a carga manuseada, com o início este mês, das exportações de grafite extraído no distrito de Balama.

Até então o escoamento deste mineral, estratégico para a produção de baterias para carros eléctricos, era feito exclusivamente a partir de Nacala, na vizinha província de Nampula.

Para a concretização da exportação foi inaugurado, na terça-feira, o armazém de trânsito deste mineral, com capacidade para 10 mil toneladas.

A infra-estrutura foi construída no recinto do porto de Pemba pela Grindrod Logística Moçambique, contratada pela Twigg Exploration Mining, que explora as grafites de Balama.

A cerimónia de inauguração dos armazéns, que também marca a saída, pela primeira vez, deste minério por esta região do País, foi dirigida pelo secretário de Estado na província, António Supeia.

Na ocasião, segundo o jornal Notícias, Supeia defendeu que o armazém de trânsito para a grafite concretiza um dos anseios do Governo de Cabo Delgado, que passava por ver este minério a ser exportado através de Pemba. Para o governante, “a concretização deste objectivo vai trazer mais receitas para a província, para além de contribuir para a criação de alguns empregos”.

“O armazém pode servir para acondicionar outro tipo de carga, no âmbito da maximização das potencialidades instaladas”, frisou a fonte.

Por sua vez, a empresa Portos e Caminhos de Ferro de Moçambique (CFM), gestora da infra-estrutura portuária, considera que com a exportação de grafite a partir deste local “vai se incrementar a carga manuseada, de 250 para 400 mil toneladas por ano”.