A empresa pública Electricidade de Moçambique (EDM) adquiriu 70% das participações sociais dos accionistas do actual concessionário da hidroeléctrica de Mphanda Nkuwa, um projecto a ser concebido e com capacidade projectada para a produção de 1500 MW, no rio Zambeze, província central de Tete.
A decisão foi anunciada pelo porta-voz do Conselho de Ministros, Filimão Suaze, após uma sessão ordinária, que teve lugar esta quinta-feira (12), em Maputo.
Numa publicação da AIM, o porta-voz do Governo explicou que a aprovação das participações da EDM na Mphanda Nkuwa constitui o primeiro passo, pois “todos os outros passos subsequentes relacionados a este assunto vão ser à posterior, mas então era preciso criar primeiro esta base que serve de umbrella para todo o exercício ao nível comercial do que vai acontecer”.
Segundo Filimão Suaze, este instrumento formaliza a entrada dos parceiros no projecto hidroeléctrico para a sua materialização, salientando que todo o exercício deve ocorrer sem nenhuma oneração para o Estado moçambicano.
Em Dezembro último, a EDM, o Gabinete de Implementação do Projecto Hidroeléctrico de Mphanda Nkuwa, a Hidroeléctrica de Cahora Bassa e o consórcio formado pela Électricité de France [Electricidade da França], Total Energies, Sumitomo Corporation, assinaram o Acordo Quadro de Implementação (FWA) de Mphanda Nkuwa.
O projecto está orçado em 5,5 mil milhões de dólares. As projecções indicam que durante a fase de construção deverá empregar cerca de sete mil trabalhadores. O número deverá reduzir três mil empregos permanentes, após conclusão do empreendimento, 95% dos quais para cidadãos moçambicanos.
Os prazos indicativos apontam para o final do ano de 2024, o fecho financeiro do projecto e 2030 para a conclusão das obras.
(Foto DR)
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