O Consórcio Eleitoral Mais Integridade diz que 60% das mesas observadas fecharam pontualmente às 18h, enquanto nas restantes o processo de votação teve que continuar devido à existência de uma média de 15 a 25 eleitores nas filas para votar.
De acordo com comunicado do Consórcio Mais Integridade, as províncias que tinham mais eleitores na fila à espera de votar depois das 18H00 foram Gaza, Nampula, Manica e Maputo Província.
A plataforma relata ainda que na grande maioria das mesas onde ainda havia fila às 18H00, os eleitores puderam votar, mas nas restantes, principalmente em Nampula, Gaza e Niassa não lhes foi dado esse direito. “Por exemplo, na EPC de Muchenga, em Lichinga, numa das mesas que não fechou à hora, o Presidente não permitiu que eleitores na fila votassem porque alegadamente tinham chegado depois das 18 horas”, lê-se no documento.
Em 82% das mesas reportadas, os observadores e delegados de candidatura puderam acompanhar o fecho da mesa.
As principais razões de impedimento nas restantes mesas foram as seguintes, conforme os locais: Numa mesa do Campo do Benfica, em Quelimane, Zambézia, alguém não identificado do STAE deu ordens ao Presidente de mesa para expulsar os observadores do Mais Integridade; na EPC Josina Machel, Cidade de Tete, uma observadora foi durante o período da tarde intimidada por agentes do STAE que alegavam que ela seria sequestrada porque era observadora do Mais Integridade, que mancha a imagem e o trabalho do STAE; na EPC Shandica, em Mandimba, Niassa, 2 jovens delegados de lista do PODEMOS foram detidos pela Polícia para não presenciarem o fecho e início da contagem.
Ainda de acordo com o comunicado que o MZNews teve acesso, numa mesa da EPC de Tchola, em Caia, Sofala, um MMV foi encontrado com 14 boletins de votos pré-marcados a favor da Frelimo o que levou a população a espancar todos os MMVs e a PRM teve que intervir para levar os MMVs para local seguro. Depois disso, iniciou-se uma luta entre delegados de candidatura e a Polícia e a mesa teve que fechar às 17H50 e só reabriu às 18H00.
Constituído em 2022, o Consórcio Eleitoral “Mais Integridade”, que está a observar as eleições de 2024 desde a fase do recenseamento, tem como objectivo contribuir para a transparência e integridade eleitorais, avaliando, de forma objectiva e isenta, o seu desenrolar, produzindo informação e análise públicas sobre as várias fases do processo, incentivando o nível e a qualidade de participação dos cidadãos e contribuindo para a redução das tensões eleitorais.
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