O consumo de snacks e bebidas não-alcoólicas fora de casa (OOH) continuou a recuperar no 2.º trimestre de 2022, a nível mundial, de acordo com o mais recente Barómetro OOH da Kantar, Worldpanel Division, levando a que o valor combinado de consumo de snacks e bebidas em casa e OOH aumentasse 7%.

Embora este mercado tenha recuperado para 16,2 mil milhões, continua abaixo dos 17,6 mil milhões registados antes da pandemia, em 2019.

O crescimento mais significativo no consumo de OOH aconteceu no Reino Unido, um aumento de 48% em comparação com 2021, enquanto o declínio mais acentuado foi observado na China (-13%), anota a Marketeer, publicação especializada na área de Marketing.

Embora o cenário do canal OOH tenha mudado naturalmente durante a pandemia, o quadro global agora parece-se muito com o que era antes das restrições: 55% dos gastos com snacks e bebidas vêm do Horeca (hotéis, restaurantes e cafés) e 13% através de canais de impulso, exatamente o mesmo que em 2019.

Contudo, os padrões mudam consoante o país. O OOH é altamente dependente do canal Horeca na Europa e verifica-se que bares, cafés e padarias ainda estão longe recuperar, principalmente em Espanha e também no Reino Unido.

Além disso, refere a publicação o crescimento em valor é mais lento em bebidas não alcoólicas, com os gastos ainda 10% abaixo do nível observado no segundo trimestre de 2019, em contraste com um aumento de 12% no consumo em casa.

Os refrigerantes estão muito dependentes do OOH, e esta foi a categoria mais afectada pelos confinamentos, com um volume de vendas particularmente elevado através dos canais Horeca.

No entanto, observando o último trimestre, vêem-se evidências de que a recuperação está em andamento: refrigerantes é a categoria que mais cresce em OOH, com um aumento de 35% em valor, em comparação com um crescimento de 15% para snacks salgados.

A publicação que cita ainda o relatório Brand Footprint da Kantar, refere ainda que seis das dez marcas mais consumidas em OOH são refrigerantes, Coca-Cola, Pepsi, Fanta, Sprite, Lipton e 7-Up –, com cinco delas a crescer em relação ao ano anterior.