O comércio entre China e África subiu 35%, no ano passado, para o valor recorde de 254 mil milhões de dólares. Segundo dados divulgados hoje pelas alfândegas da China, citados pela Lusa, a subida homóloga equivale a um aumento de 65 mil milhões de dólares nas trocas comerciais, atestando a crescente importância da China nas cadeias de abastecimento.
Recorde-se que o país asiático foi o primeiro a superar a pandemia da covid-19, após ter adoptado restritas medidas de prevenção, incluindo o isolamento de cidades com milhões de habitantes, no primeiro trimestre de 2020.
Assim, os exportadores chineses beneficiaram com a permissão para retomar a actividade, enquanto os concorrentes estrangeiros enfrentaram restrições. Esta vantagem foi mantida em 2021, à medida que outros governos renovaram as medidas de contenção em resposta à disseminação de novas variantes do coronavírus.
Não obstante, o aumento das trocas comerciais reflecte assim, sobretudo, o aumento das exportações da China para África.
Entretanto, nos anos anteriores, a balança comercial manteve-se equilibrada, com cerca de 100 mil milhões de dólares em compras e vendas de cada lado.
Porém, no ano passado, a China exportou um total de 148 mil milhões de dólares e importou apenas 106 mil milhões.
De acordo com os dados da Administração Geral das Alfândegas da China, Angola foi o segundo país africano que mais exportou para a China, ultrapassada apenas por África do Sul.
Contudo, a nível global, no entanto, África representou apenas 4,2% do comércio internacional da China em 2021. O continente está entre os menores parceiros regionais do país asiático, ultrapassando apenas o golfo pérsico.