A companhia Coca-Cola Moçambique, está à procura de matéria-prima local para o seu novo produto, o sumo Cappy Delight com sabor à manga. A informação foi revelada ontem à imprensa, no âmbito de uma visita guiada que a empresa organizou para partilhar com os órgãos de informação sobre os processos de produção em Moçambique.
Segundo anunciou a directora regional de Relações Públicas e Desenvolvimento da Região, Neide Pires, a empresa não está confortável em continuar a importar a manga de países vizinhos, como Quénia, sendo uma matéria-prima que o país pode fornecer, com todos os benefícios que isso traz para a cadeia de valor e oportunidade de negócio para as Micros, Pequenas E Médias Empresas (MPMEs).
“Já conversamos com alguns produtores na província de Manica e explicaram que a manga, por exemplo, tem uma certa época do ano. O que pretendemos é que seja assegurado um stock que possa abastecer a empresa durante o ano inteiro. É necessário que a polpa seja concentrada e conservada para ser utilizada até na época da escassez da manga”, disse Neide Pires.
Para o efeito, a multinacional desafia as empresas moçambicanas a olharem para esta oportunidade de produção de manga em qualidade exigida e quantidade suficiente para a produção da polpa necessária para assegurar a produção ao longo do ano.
No entanto, sem avançar as quantidades necessárias de polpa de manga por ano, a Coca-Cola realçou que isso vai depender da disponibilidade ou capacidade do mercado em fornecer a fruta, uma vez que, actualmente, não existe produtor da referida polpa, sendo necessário um investimento nesse sentido.
A fonte, citada pela AIM, vincou a abordagem da empresa em operar com o conteúdo local, tendo revelado que mais de 54 por cento da matéria-prima em todas as produções é local, nomeadamente o açúcar, as caixas para vasilhames e o dióxido de carbono.
Na mesma visita, a Coca-Cola reafirmou a sua visão em continuar com os investimentos para a automação dos processos de produção em Moçambique.
Nos últimos 10 anos, a empresa investiu mais de 200 milhões de dólares na automação da fábrica e melhoria dos produtos, com construção de sete linhas de enchimento de refrigerantes, dos quais só explora apenas duas, para responder à demanda do mercado nacional.
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