Circulação de sementes falsas preocupa o sector da Agricultura

Circulação de sementes falsas preocupa o sector da Agricultura

O Sector da Agricultura perspectiva reiniciar a emissão de etiquetas na certificação de semente, para garantir a rastreabilidade dos lotes comprovados e reduzir a circulação de insumos impróprios.

Esta medida visa fazer face à precariedade ou falta de infra-estruturas, equipamentos e recursos humanos nos postos de inspeccção fronteiriços e internos, que constitui um desafio para a Direcção Nacional de Sanidade Agro-Pecuária e Biossegurança no controlo da qualidade e certificação da semente.

A informação foi partilhada quinta-feira pelo inspector-geral da Agricultura e Desenvolvimento Rural, Rui Mapatse, na II Reunião Anual de Planificação e Avaliação do Desempenho no Subsector de Sanidade Agro-Pecuária e Biossegurança.

Ao jornal Notícias, Rui Mapatse contou ainda que se vai realizar a avaliação para reintrodução de “e-vouchers” na disponibilização de insumos, permitindo o envolvimento de “agrodealers” nas zonas de produção, para garantir a sustentabilidade no acesso dos produtores a semente de qualidade.

Referenciou que, no âmbito do programa SUSTENTA, implementado pelo Ministério da Agricultura e Desenvolvimento Rural (MADER), houve um aumento da demanda de semente com vista a incrementar a produtividade agrária.

“Na campanha passada houve um crescimento em cerca de 58 por cento em semente produzida, passando Agricultura preocupada com a circulação de sementes falsas Distribuição de sementes de 6.891 toneladas em 2019- 2020 para 11.961 em 2020- 2021.

Contudo, continua a verificar-se um défice deste insumo para o aumento da produtividade, sendo necessários esforços adicionais para adequar a monitoria da qualidade da semente que chega aos produtores”, evidenciou.

Acrescentou que para contribuir no aumento da produtividade e rendimentos dos produtores na campanha passada o Sub-Comité de Registo e Libertação de Variedades aprovou o registo provisório de 14 variedades, das culturas de arroz, cevada, soja, algodão e milho, propostas pelo Instituto de Investigação Agrária de Moçambique e empresas privadas.

Neste contexto, foram postas à disposição dos produtores 1.823 toneladas de semente melhorada e 2.690 de fertilizantes, em todo o país, o que resultou no incremento da produção de milho, arroz, soja e feijões.

“Este feito é conjugado ao esforço realizado pelo MADER na alocação de meios para o controlo de pragas, sendo que no ano findo houve redução de níveis de infestação de pragas e doenças como a lagarta invasora nas culturas, gafanhoto elegante e lagarta do funil no milho. No entanto, continuamos a assinalar a ocorrência do Mal do Panamá nas plantações de bananeiras nas províncias de Nampula e Cabo Delgado”, indicou.

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