Cabo Delgado: Mais de 60 estabelecimentos turísticos continuam encerrados devido ao terrorismo

Cabo Delgado: Mais de 60 estabelecimentos turísticos continuam encerrados devido ao terrorismo

Um total de 66 estabelecimentos turísticos continuam encerrados devido aos ataques terroristas que assolam a província de Cabo Delgado desde 2017. A maior parte dos estabelecimentos turísticos encerrados encontram-se nos distritos de Macomia, Quissanga e Mocímboa da Praia.

Segundo um documento na semana passada, pela Direcção Provincial de Cultura e Turismo em Cabo Delgado, dos “66 estabelecimentos turísticos encerrados, 10 são de restauração e 56 de alojamento com capacidade de 852 camas”.

Com o encerramento desses estabelecimentos turísticos, o documento, citado pelo portal local “Zumbo FM Notícias”, refere ainda que, mais de 500 trabalhadores perderam o emprego.

“O sector do turismo foi severamente afectado pelo extremismo violento, tendo como consequência a redução de mão-de-obra em 529 trabalhadores de um total de 3 040, o que  corresponde a 26%”, lê-se no documento.

Entretanto, apesar deste encerramento a província de Cabo Delgado recebeu, no primeiro semestre do ano 2024, mais de 26 mil turistas, deste número, 11 757 estrangeiros.

“Durante o primeiro semestre do ano 2024, a província de Cabo Delgado registou um total de 26 680 hóspedes, sendo 14 923 nacionais e 11 757 estrangeiros dos 40 000 planificados, correspondente a 66% de realização e um crescimento na ordem 93% quando comparado com igual período com 13 811 hóspedes registados em 2023, sendo 11 214 nacionais e 2597 estrangeiros”, aponta o documento.

A província de Cabo Delgado enfrenta ataques terroristas há mais de seis anos, que levaram a uma resposta militar desde Julho de 2021, com apoio do Ruanda e da Comunidade para o Desenvolvimento da África Austral, libertando distritos junto aos projectos do gás.

Depois de um período de relativa estabilidade, novos ataques e movimentações foram registados no início do ano, levando entidades estrangeiras a restringirem as viagens para aquele ponto do país.

 

(Foto DR)

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