O presidente e diretor-executivo da multinacional Total Energies disse esperar que o Banco de Exportação e Importação dos EUA (EXIM) conclua a aprovação de 4,7 mil milhões de dólares previsto para o financiamento do seu projecto de gás natural liquefeito (GNL) em Moçambique nos próximos tempos.
A informação consta numa publicação da Agência Reuters, que assinala que a instituição financeira americana disse estar a analisar o projecto de financiamento de sensivelmente 25% do projecto em curso em Cabo Delgado à luz dos decretos presidenciais emitidos por Donald Trump.
“O Exim tem regras de não discriminação em projetos, por isso penso que será restabelecido o financiamento sob a administração Trump, e que o Exim dos EUA confirmará o apoio à exportação do GNL de Moçambique nos próximos meses, ou nas próximas semanas”, afirmou Patrick Pouyanne aos jornalistas nesta quarta-feira (05), em Paris, após divulgar os lucros do quarto trimestre da empresa.
Entretanto, com a suspensão dos trabalhos desde 2021, devido aos ataques de insurgentes ligados ao Estado Islâmico em Cabo Delgado, Pouyanne acrescentou que a data de conclusão do projecto precisa de ser adiada para 2029-2030, face a 2027, como planeado anteriormente.
O presidente e director-executivo da TotalEnergies revelou ainda que a Grã-Bretanha, que prometeu entre 800 e mil milhões de dólares, está a tentar ver se tem o direito legal de sair, mas lembrou que já assinou um contrato de financiamento.
Quanto à retoma dos trabalhos no projecto de 20 mil milhões de dólares para exportar gás de Moçambique, Pouyanne disse que “a segurança melhorou, mas nunca será perfeita”.
No passado dia 28 de Janeiro, o Presidente da República, Daniel Chapo, disse na sua página no X ter recebido de Patrick Pouyanne a garantia do “empenho” da petrolífera francesa na retoma do projecto de Gás Natural Liquefeito em Cabo Delgado.
“Durante a conversa, Pouyanné reafirmou o empenho da TotalEnergies em retomar o projecto, actualmente suspenso desde 2021, devido aos desafios de segurança na região”, escreveu Daniel Chapo, acrescentando que abordaram “o progresso e o compromisso da empresa com o desenvolvimento do projecto de exploração de gás natural em Cabo Delgado”.
“Do nosso lado, reafirmamos a importância do projecto para o crescimento económico de Moçambique, pelo que se está a envidar esforços visando garantir a estabilidade necessária para a sua implementação”, afirmou o chefe de Estado moçambicano.
(Foto DR)
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